
Quando Jon Jones, campeão peso‑pesado da UFC entrou no octógono do UFC 309Madison Square Garden para enfrentar Stipe Miocic, o clima já era de tensão. O evento, realizado em Nova Iorque, marcou o retorno de Jones após quase dois anos afastado e culminou em um nocaute que silenciou a plateia aos 4 minutos e 29 segundos do terceiro round. O combate, ao vivo, foi transmitido pela UFC e rapidamente viralizou nas redes, redefinindo o panorama dos pesos‑pesados.
Contexto histórico: de Albuquerque ao trono de Nova Iorque
Jones, nascido em Albuquerque, Nova México, já carregava um currículo que inclui duas passagens pelo título dos meio‑pesados e quase três décadas de lutas no cenário mundial. Já o veterano Stipe Miocic, oriundo de Ohio, detém o recorde de maior número de defesas consecutivas do cinturão peso‑pesado da UFC. A divergência de estilos – a agilidade quase de light‑heavyweight de Jones contra a força bruta e o wrestling de Miocic – alimentou especulações por meses.
A luta era vista como o teste definitivo para Jones: conseguiria ele adaptar seu repertório técnico ao peso‑pesado ou seria menosprezado o seu tamanho? Enquanto isso, as apostas estavam a seu favor – as odds de -500 para Jones contra +350 para Miocic mostravam um consenso de que o americano seria o vencedor.
Detalhes da luta: números que contam a história
Desde o início, a diferença de volume de strikes foi gritante. Jones aterrissou 104 de 128 golpes lançados, enquanto Miocic mal chegou a 42 de 94. Nos golpes significativos, 96 de 119 de Jones encontraram o alvo, contra 37 de 89 de Miocic. A distribuição dos golpes foi ainda mais reveladora:
- Golpes na cabeça: 70 de 91 para Jones, 24 de 75 para Miocic;
- Golpes no corpo: 16 de 18 para Jones, 7 de 8 para Miocic;
- Chutes nas pernas: 10 de 10 para Jones, 6 de 6 para Miocic.
No aspecto do grappling, Jones dominou o tempo de controle – 3 minutos e 51 segundos – enquanto Miocic não registrou nenhum segundo. A única queda registrada foi uma tentativa bem‑sucedida de Jones, reforçando a impressão de que o duelo quase se resumiu a um confronto de pé.
O ponto de inflexão chegou no terceiro round, quando Jones girou seu corpo e desferiu um chutes giratório (spinning back kick) precisamente nas costelas de Miocic. O impacto foi tão forte que, segundo os narradores, as costelas do americano podem ter sido fraturadas. O golpe trouxe o nocaute instantâneo, encerrando a luta com 4:29 no relógio.

Reações e perspectivas: o que dizem os especialistas
“É a melhor demonstração de alcance e timing que já vi em um peso‑pesado”, afirmou Joe Rogan, comentarista da UFC, ao final do evento. Já John Danaher, treinador de jiu‑jitsu, destacou a capacidade de Jones de “usar sua envergadura como se fosse um peso‑leve, mantendo a velocidade”.
Miocic, ainda ofegante, reconheceu a superioridade do adversário: “Ele tem uma caixa de ferramentas que eu nunca vi nos meus adversários. Não posso negar o mérito dele”. Por outro lado, Jones, em entrevista pós‑luta, revelou que ainda pensa em futuros desafios: “Quero testar o meu limite contra os melhores. Estou aberto a quem quiser me enfrentar”.
Impacto no cenário dos pesos‑pesados e próximos passos
Com a vitória, Jones amplia seu recorde para 28 vitórias, 1 derrota e consolida o título até 2026, segundo o contrato assinado na assinatura do cinturão. O resultado também reabre a disputa por futuros adversários: nomes como Ciryl Gane, Derrick Lewis e o emergente Jairzinho Rozenstruik já aparecem nas conversas dos analistas.
Para Miocic, a derrota adiciona uma quinta perda em sua carreira, mas ele ainda permanece dentro do top‑10 da divisão. Seu próximo desafio provavelmente virá contra um adversário de nível intermediário, buscando retomar a confiança.

Outros destaques da noite: uma cartilha de lutas memoráveis
Além do duelo principal, o card do UFC 309 trouxe outras performances de alto nível:
- Charles Oliveira venceu Michael Chandler por decisão unânime em uma luta de lightweight que durou cinco rounds.
- Bo Nickal surpreendeu ao derrotar Paul Craig por decisão unânime no meio‑peso.
- Viviane Araújo garantiu vitória por decisão unânime na categoria flyweight feminino.
Esses resultados reforçam a diversidade de talentos no card, garantindo que a noite de 16 de novembro fique marcada não só pelo nocaute histórico, mas também por disputas técnicas que alimentam a narrativa da UFC.
Perguntas Frequentes
Como a vitória de Jon Jones afeta a hierarquia dos pesos‑pesados?
A vitória consolida Jones como o campeão dominante, forçando os demais concorrentes a se readequarem. Lutas contra Ciryl Gane ou Derrick Lewis agora são vistas como potenciais passos para definir o próximo grande desafio.
Qual foi a estratégia de Jones para neutralizar a força de Miocic?
Jones usou seu alcance superior e a precisão de golpes ao pé, mantendo a luta em pé e evitando o wrestling de Miocic. O ponto crucial foi o chute giratório que acabou por acabar a luta antes do fim do round.
O que os especialistas dizem sobre o futuro de Stipe Miocic?
Apesar da derrota, Miocic ainda é considerado um dos melhores lutadores da história da divisão. Analistas sugerem que um retorno contra um adversário de nível intermediário lhe permitirá reconstruir a confiança e buscar outra chance ao título.
Quais foram os principais destaques do restante do evento UFC 309?
Além da luta principal, Charles Oliveira superou Michael Chandler em uma disputa tensa, Bo Nickal surpreendeu ao vencer Paul Craig e Viviane Araújo consolidou sua posição no flyweight feminino com vitória unânime.
Quando será anunciado o próximo adversário de Jon Jones?
A UFC costuma revelar o próximo confronto em até duas semanas após o evento. Rumores atuais apontam para uma negociação com Ciryl Gane, mas ainda não há confirmação oficial.
Ariadne Pereira Alves
outubro 6, 2025 AT 01:20Os números apresentados revelam claramente a supremacia de Jon Jones; ele completou 104 de 128 golpes lançados, o que corresponde a 81,3% de taxa de acerto, enquanto Stipe registrou apenas 42 de 94, ou 44,7%, demonstrando uma diferença de quase 37 pontos percentuais. Além disso, nos golpes significativos, Jones alcançou 96 de 119, ou 80,7%, comparado aos 37 de 89 de Miocic, 41,6%, reforçando a precisão superior. O controle de tempo no solo – 3 minutos e 51 segundos versus zero – indica domínio completo da posição de grappling. A distribuição de golpes na cabeça (70 de 91) supera em quase três vezes a marca de Miocic (24 de 75). O número de chutes nas pernas, 10 de 10 de Jones, evidencia um preparo específico para a mobilidade do adversário. Em suma, a estatística confirma que a estratégia de manter a luta em pé, explorando alcance e velocidade, foi decisiva;
os analistas podem observar que a combinação de volume e eficiência cria um modelo difícil de ser replicado por oponentes de maior massa muscular.
Lilian Noda
outubro 6, 2025 AT 04:07Jon Jones simplesmente esmagou o Miocic, nada mais.
Ana Paula Choptian Gomes
outubro 6, 2025 AT 06:53Prezados colegas, cumpre‑nos salientar que o desempenho de Jon Jones, ao triunfar por nocaute sobre Stipe Miocic, demonstra não apenas superioridade técnica, mas também uma execução estratégica meticulosamente planejada; a sua capacidade de manter a distância e aplicar golpes precisos suscita referência para futuras análises táticas, motivo pelo qual recomendamos a revisão minuciosa dos dados estatísticos aqui apresentados.