Corinthians empata com Internacional após pênalti polêmico nos acréscimos 5 outubro 2025
Luiz Guilherme 10 Comentários

Quando Johan Carbonero, atacante do Internacional, converteu o pênalti que selou o empate de 1 a 1 com o Corinthians no último segundo da partida, o clima no Beira‑Rio mudou de tensão para revolta.

A partida aconteceu na quarta‑feira, 1º de outubro de 2025, no Estádio José Pinheiro Borda, válida pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro 2025Porto Alegre. O duelo trouxe duas histórias paralelas: o reencontro de Ramón Díaz e de seu filho Emiliano Díaz, que há cinco meses deixaram o comando do Corinthians para assumir o Internacional, e a luta de Dorival Júnior para fechar o terceiro jogo sem vitórias do Timão.

Contexto do duelo e o reencontro dos técnicos argentinos

Ramón e Emiliano Díaz chegaram ao Internacional ainda no início da temporada, trazendo a filosofia de toque rápido que os consagrou na Argentina e na Bolívia. O primeiro confronto direto contra o Corinthians, onde antes comandavam o rival, foi aguardado como um teste de fogo. "Queremos mostrar que a nossa proposta funciona aqui, não importa onde a gente jogue", disse Ramón Díaz na coletiva de imprensa antes da partida.

Já Dorival Júnior, que assumiu o Corinthians em maio, ainda tenta reverter uma sequência de três jogos sem vitória. "A gente tem qualidade, falta apenas a constância. Hoje precisava de um gol cedo para respirar", comentou o treinador ao final do primeiro tempo.

Desenvolvimento da partida: gols e polêmica

O primeiro minuto do jogo trouxe perigo para o Timão. Aos dez minutos, Gui Negão bateu de cabeça após cruzamento de Matheuzinho e abriu o placar. "Foi um lance preparado, a bola chegou no lugar certo", lembrou o atacante.

O Internacional reagiu, mas encontrou a defesa corintiana bem postada. No segundo tempo, o árbitro Rodrigo José Pereira de Lima viu um pênalti marcado após falta de Cacá em Bruno Henrique. O lance só foi confirmado após consulta ao VAR, gerando protestos imediatos da bancada corintiana.

Aos 90 minutos e 12 segundos do segundo tempo, Carbonero cobrou com apoio do pé direito, empurrando a bola para o fundo da rede. "Eu sabia que teria que ser preciso, o coração quase saiu pela boca", contou o atacante após o apito.

O VAR ainda anulou um gol do Corinthians pouco antes do pênalti, mas a decisão foi aceita sem grandes discussões – a raiva ficou reservada para o último lance.

Reação das torcidas e da diretoria

Reação das torcidas e da diretoria

Durante o intervalo, a torcida do Internacional começou a vaiar o próprio time, algo inédito no estádio. No final, a ira se voltou para o presidente Alessandro Barcellos, que foi xingado com gritos de "time sem vergonha". "É frustrante ver o clube perder pontos por falta de controle nas decisões arbitrárias", dizia um torcedor entre faíscas de pólvora.

Do lado corintiano, a diretoria se mostrou cautelosa. O presidente Walter Campbell declarou que a equipe "precisa de ajustes táticos, mas não pode deixar que a raiva dos acréscimos afete a próxima partida".

Impacto na tabela e próximos compromissos

Com o empate, o Corinthians chegou a 30 pontos, ocupando o 13º lugar. A sequência de três partidas sem vitória aumenta a pressão sobre Dorival Júnior, que tem até o próximo sábado, 5 de outubro, para tentar virar o roteiro contra o Mirassol às 21h (horário de Brasília).

Já o Internacional ficou com 29 pontos, na 15ª posição, a duas unidades da zona de queda. O clube recebe o Botafogo às 19h30 do mesmo dia, numa partida que pode definir se a temporada ainda tem esperança de escapar do rebaixamento. "Precisamos reagir rápido, a margem de erro é mínima", alertou o técnico Emiliano Díaz durante a preparação.

Análise de especialistas

Análise de especialistas

O comentarista esportivo Mauro Cezar apontou que o pênalti foi executado dentro do tempo regulamentar, mas a decisão do árbitro ainda gera debates sobre a consistência do VAR no Brasileirão. "Quando o árbitro só decide após a revisão, o jogador já está mentalmente esgotado", observou.

Já a ex-jogadora Formiga destacou que a falta de criatividade ofensiva do Internacional acabou tornando o jogo um empate inevitável. "Se o time tivesse criado mais oportunidades, não dependeria de um lance de último minuto", concluiu.

Frequently Asked Questions

Como o pênalti de Carbonero afetou a classificação do Internacional?

O empate manteve o Internacional com 29 pontos, mantendo-o na 15ª posição, apenas dois pontos acima da zona de rebaixamento. O ponto extra evitou que o clube escorresse ainda mais na tabela antes do confronto contra o Botafogo.

Qual foi a reação da diretoria do Corinthians ao resultado?

O presidente Walter Campbell reconheceu a derrota como "um contratempo" e enfatizou a necessidade de ajustes táticos. Ele ressaltou que a diretoria continuará apoiando o técnico Dorival Júnior para buscar a primeira vitória da temporada.

O que os técnicos argentinos esperavam desse reencontro?

Ramón e Emiliano Díaz queriam provar que a filosofia de jogo que aplicaram no Internacional funcionava contra o antigo clube. Apesar do empate, eles consideram o desempenho defensivo satisfatório, mas reconheceram a necessidade de melhorar a finalização.

Quais são os próximos desafios de ambos os times?

O Corinthians tem a partida contra o Mirassol às 21h de 5 de outubro, buscando a primeira vitória e escapar da zona de risco. O Internacional recebe o Botafogo às 19h30 do mesmo dia, precisando de três pontos para garantir espaço na tabela e aliviar a pressão sobre a diretoria.

Como especialistas avaliam a atuação do VAR nesta partida?

Mauro Cezar apontou inconsistências nas decisões do VAR, apontando que a revisão tardia gerou confusão nas torcidas. Ele reforçou que o árbitro deveria ter sinalizado a falta imediatamente, evitando a polêmica que culminou no pênalti decisivo.

10 Comentários

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    Pedro Washington Almeida Junior

    outubro 5, 2025 AT 20:13

    Não é à toa que o VAR parece um espetáculo de marionetes; alguém lá acima decide quando vai aparecer. Todo mundo acha que foi só um pênalti, mas na verdade o relógio foi manipulado.

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    Raquel Sousa

    outubro 5, 2025 AT 20:23

    Ó, Pedro, tu tá viajando! O árbitro fez o que tinha que fazer e o Carbonero não fez nada de errado, foi só falta clara.

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    Trevor K

    outubro 5, 2025 AT 20:33

    Concordo, Raquel!; porém, é preciso lembrar que a defesa corintiana também falhou em fechar o espaço, o que acabou contribuindo para a oportunidade do pênalti-não pode ser só culpa do árbitro.

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    Luis Fernando Magalhães Coutinho

    outubro 5, 2025 AT 20:43

    É inadmissível que torcedores se entreguem a insultos; o esporte deve ser um exemplo de respeito, independentemente de resultados.

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    Joseph Deed

    outubro 5, 2025 AT 20:53

    O jogo foi um show de falta de organização dos dois lados.

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    Portal WazzStaff

    outubro 5, 2025 AT 21:03

    Olha, eu acho que a gente ainda pode tirar lições daqui, mesmo que tudo pareça bagunçado, tem muito a melhorar na postura dos times.

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    Anne Princess

    outubro 5, 2025 AT 21:13

    Mas que papo furado!; a torcida do Corinthians ainda tá chorando por causa de um detalhe, enquanto o Inter fez seu trabalho e garantiu o ponto!

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    Adriano Soares

    outubro 5, 2025 AT 21:23

    Vamos deixar a raiva de lado e focar no próximo jogo; cada equipe tem chance de virar a situação.

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    Rael Rojas

    outubro 5, 2025 AT 21:33

    O episódio do pênalti nos leva a refletir sobre a própria natureza do tempo esportivo.
    Em cada segundo adicional, uma nova realidade se impõe, e o torcedor, impotente, testemunha a metamorfose do destino.
    É quase como se o VAR fosse um oráculo modernista, dispensando a mera presença humana em favor de algoritmos obscuros.
    Quando o árbitro recorre ao recurso, cria‑se um vácuo de autoridade que seduz a multidão a conjurar teorias conspiratórias.
    Alguns acreditam que há um plan maior, como se os lances fossem coreografados por entidades invisíveis que adoram o caos.
    Mas a verdade mais simples talvez seja que o erro humano, inevitável, ainda permeia o jogo.
    A falta de clareza nos critérios de penalidade alimenta a frustração e o ressentimento.
    Ao mesmo tempo, a postura defensiva do Corinthians evidencia uma estratégia de risco que acabou se revelar fútil.
    O Internacional, por sua vez, demonstrou paciência e disciplina ao explorar a brecha concedida nos acréscimos.
    Esse contraste revela que, no futbol, a paciência pode ser mais valiosa que a força bruta.
    Ainda assim, não se pode ignorar a importância do fator psicológico, que se intensifica quando o relógio marca o fim.
    A torcida, em êxtase ou desespero, projeta seus próprios medos nos árbitros, como se fossem culpados últimos.
    Assim, o pênalti torna-se não apenas um ato técnico, mas um símbolo de esperança e desespero simultâneos.
    É fundamental que clubes invistam em treinamento mental para lidar com esses momentos críticos.
    Se não houver um investimento nesse aspecto, o ciclo de frustração continuará a se repetir.
    Portanto, ao analisarmos o jogo, devemos olhar além das linhas do campo e considerar o universo invisível que governa as emoções coletivas.

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    Barbara Sampaio

    outubro 5, 2025 AT 21:43

    Na verdade, o que faz diferença nos momentos de pressão é a combinação de treinamento físico e mental; clubes que fortalecem a resistência dos jogadores conseguem manter a clareza até o fim, então vale lemerar investir nesses dois pilares.

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