
Um sábado de surpresas no Gtech Community Stadium
Quando o relógio marcou 15h, a expectativa era alta: Manchester United precisava reagir após um início de campanha irregular. Mas Brentford chegou ao campo com a postura de quem quer mudar a narrativa da própria história. Sob o comando de Keith Andrews, ainda em sua primeira temporada como técnico principal, o time impôs ritmo desde o apito inicial.
Os primeiros 30 minutos foram marcados por um domínio claro da equipe londrina. Damsgaard, que tem se destacado como volante de ligação, distribuiu passes precisos que abriram espaços nas linhas defensivas do United. Foi Watara quem acabou fazendo a primeira assistência, colocando Thiago na frente do gol. O argentino, com toque sutil e boa finalização, veio ao placar aos 22 minutos, despertando a torcida do Brentford.
Aos 37, o placar voltou a balançar. Um cruzamento na área de United encontrou Damsgaard de cabeça, e o gol veio sem resistência. Com 2 a 0 no marcador, o Brentford já controlava o jogo e parecia pronto para fechar o placar antes do intervalo.

Meio‑tempo, pressão e a resposta do United
No vestiário, Ruben Amorim tentou ajustar a postura ofensiva. O plano incluía trazer mais criatividade pelas alas e usar a velocidade de Fernandez para abrir a defesa rival. No entanto, ao sair novamente, o United pareceu ainda incerto. O momento de brilho chegou quando Fernandez marcou o pênalti que temia, mas o arqueiro do Brentford defendeu com agilidade, frustrando ainda mais os Red Devils.
O gol de Brentford aos 65 minutos, anotado por um rápido contra‑ataque liderado por Watara, consolidou a vantagem em 3 a 0. O United, ainda assim, não desistiu. Aproveitando um escanteio bem trabalhado, conseguiu empatar o placar aos 78 minutos, com um cabeceio de Fernandez que saiu nos pelos da rede. O gol trouxe alívio momentâneo, mas a equipe já mostrava sinais de cansaço.
Nos minutos finais, o jogo virou em cena de drama. O árbitro adicionou 6 minutos de acréscimo, e foi então que Yensen, entrando como substituto, encontrou espaço na área e chutou firme, selando o 3 a 1 definitivo aos 96 minutos. O público explodiu, e o técnico Andrews comemorou mais um marco importante em sua curta trajetória.
Para o Manchester United, a derrota reforça um padrão desconfortável: três derrotas em quatro temporadas no estádio do Brentford. A sequência de resultados negativos longe de Old Trafford coloca ainda mais pressão sobre Amorim, que tem sido comparado a um "navio de guerra" tentando encontrar o rumo certo.
Do lado do Brentford, a vitória traz confiança ao elenco e valida a visão de Andrews de construir um time compacto, que combina força defensiva com finalização eficiente. Jogadores como Damsgaard, Watara e a segurança do goleiro foram decisivos, mostrando que o time está pronto para desafiar clubes maiores na luta por posições mais altas na tabela.